“Para o Psicopedagogo, aprender é um processo que
implica pôr em ações diferentes sistemas que intervêm em todo o sujeito: a rede
de relações e códigos culturais e de linguagem que, desde antes do nascimento,
têm lugar em cada ser humano à medida que ele se incorpora a
sociedade.”(BOSSA,1994,pág 51)
Um
profissional em psicopedagogia deve dominar as bases epistemológicas do saber
psicopedagógico, com as suas noções básicas e os eixos conceptuais. Da mesma
forma, deve conhecer as ciências auxiliares que contextualizam o seu desempenho
profissional e todas as aplicações que estas abrangem relacionadas ao
pensamento e ao desenvolvimento na sua condição de ser humano.
A
psicopedagogia em seu cerne, estuda os processos e as dificuldades de aprendizagem, tanto de
crianças e adolescentes como dos adultos, fazendo uso das áreas da pedagogia,
psicanálise, psicologia, antropologia e contextos culturais. Sua
atuação vai muito além dos problemas, dificuldades e transtornos de aprendizagem.
Ela é o instrumento que vai subsidiar o fazer, o aprender e promover as possibilidades
metodológicas, práticas e didáticas de educadores. O fazer psicopedagógico está
além de um consultório clínico, ou ainda de um olhar investigativo em sala de
aula; ele se faz presente o tempo todo, desde uma anamnese simples ao mais
elevado propósito de intervenção.
O psicopedagogo é o elemento que permeará a
liga entre o aprender e o como aprender, servindo ao propósito de alavancar no
educador novas e melhores possibilidades de atuação prática e instigante por
meio de estudos específicos, treinos didáticos, oficinas do pensar e da ação
docente. Para que o "fazer psicopedagógico" tenha vida e seja um
processo dinâmico, caberá ao profissional da psicopedagogia ter vivenciado
práticas em sala de aula, em gestão e em intervenções individuais e em grupos.
Dessa maneira, o mesmo terá condições de compreender a prática pedagógica, suas
defasagens, seus acertos e entremeios, visando não somente auxiliar o
professor, mas também orientar de maneira eficaz os familiares e a instituição,
bem como, elencar a melhor forma de ofertar ferramentas aos alunos que os façam
avançar em suas dificuldades para que estas sejam transpostas também em sua
vida diária.
O fazer psicopedagógico trabalha ainda com potencialidades par ao
desenvolvimento e amadurecimento de habilidades junto ao indivíduo, seja ele
criança, jovem ou adulto. Na dúvida, uma boa orientação psicopedagógica acerca
de processos e estilos de aprendizagem, poderá e muito melhorar a qualidade do
processo de aprendizagem, as relações que constituem o ambiente de aprendizagem
no contexto escolar e familiar; dos processos de avaliação e consequentemente promover
o "fazer psicopedagógico" como um dos caminhos para que todos possam
melhorar e avançar em suas competências, habilidades e em seus vínculos.
Alexandre
Muniz – Neuropsicólogo e Psicopedagogo Clínico
Clínica Iluminnare- Psicologia e bem-estar.
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