quinta-feira, 30 de abril de 2020

A importância do brincar.

Dicas para pais e professores...

Pensei em escrever sobre a importância do brincar na primeira infância, mas daí pensei um pouco, refleti e lembrei dos meus tempos de criança. Por que só na primeira infância? Ao que me lembro, brinquei de tudo: cobra-cega, pega-pega, esconde-esconde, garrafão, casinha, comidinha, estrela nova cela (estrear a nova cela), fingia que era detetive, monstro, feiticeiro, soltar pipa, professor, brincava de escritório, de fazer cabaninha com cobertor, de fazer sombras na chama da vela quando faltava energia elétrica e tinha ainda uma caixa de bugigangas super diversificadas. O importante era brincar. Eu brincava sozinho, com amigos imaginários, com os de verdade na Rua João Barroso, lá no bairro de Pedreira, Zona Sul de SP. Com isso, desenvolvi uma boa comunicação, uma boa imaginação, melhorei minha interação e pude ser capaz de elaborar muitas hipóteses sobre diversos assuntos. É preciso lembrar o quanto brincamos, do que brincamos e como fomos felizes durante as brincadeiras.

Só pode propor um espaço lúdico de qualidade, quem se engaja ou já se engajou em brincadeiras com materiais estruturados (os fabricados), não estruturados (caixas, potes, tampas de panela, vassoura, chaves, latas vazias, etc.) e com jogos coletivos (cirandinha, pular corda, mamãe polenta, passa anel, etc.) O brincar vai muito mais além do que simplesmente sentar e manusear jogos e celulares. Ele pede participação, investimento cognitivo, mudança de comportamento, cooperação e representatividade.

Em tempos (ou não) de pandemia, em que as crianças precisam ficar dentro de casa, é preciso promover o brincar para ajudá-las a desenvolver seu potencial emocional, físico, motor, intelectual e criativo. Winnicott (1975) diz que "a brincadeira é universal e é própria da saúde: o brincar facilita o crescer, logo a saúde". Por isso, promover brincadeiras é ajudar a promover a saúde, não apenas para crianças, para o ser humano de um modo geral. Ao brincar, as crianças não estão apenas explorando o ambiente à sua volta como também a desenvolvendo a sua própria identidade.

E como não é possível sair para brincar (devido a pandemia, chuvas, etc.) e o celular precisa (eu espero) de um tempo para ficar na mão da criança, uma forma é utilizar alguns materiais não convencionais que estão ao alcance de todos, e promover uma oficina junto às crianças. Uma dica, é mostrar o modelo, apresentar os materiais e deixá-las construir seus brinquedos, seus jogos. Interfira somente se a criança solicitar ajuda, ou se para a construção for necessário o manuseio de cola-quente ou objetos cortantes. Durante o processo, converse, demonstre interesse sobre o que a criança está fazendo, como pensou em fazer daquele jeito, por que usou tal material, etc.

Depois de construir, convide-a para usar, o brinquedo/jogo, tirar fotos para postar para os amigos, gravar vídeos do processo para incentivar outras crianças, etc. Não esqueça de que é preciso lembrar a criança logo no início da atividade, que depois de finalizar sua construção, deverá ajudar a organizar novamente o espaço e guardar o material que sobrou de maneira adequada.
Vou postar algumas imagens e links para inspirar!
Um forte abraço!
Alexandre Muniz – Neuropsicólogo Clínico e Psicopedagogo



https://youtu.be/dkQvniVnYIU


https://youtu.be/eVphBrbp-3s

















quarta-feira, 22 de abril de 2020

ESCOLA COMPANHIA DAS CRIANÇAS!

A Escola de Educação Infantil "Companhia das Crianças", ficava no bairro do Itaim Bibi. Aqui temos o registro de algumas atividades na gestão do Tio Alê, antes da venda da escola. Bons tempos!!!
Assistam ao vídeo e deixe o seu "like" rsrsrs


https://youtu.be/CT-UCGjJqPU

domingo, 19 de abril de 2020

Crianças em casa, o que fazer? Pandemia!


Novamente falamos sobre a rotina, que neste momento deverá ser readaptada por conta deste isolamento social, devido ao COVIDE19. Contudo, tê-las por perto é uma forma de ajudá-las a compreender o que está acontecendo no cenário atual. Para isso, não é preciso colocá-las para assistir ao telejornal, basta que você replique as informações de maneira lúdica, didática, de maneira suave para não as alarmar ou deixá-las preocupadas. O importante é não mentir, mas também não precisa amedrontá-las. Faça encenação com fantoches feitos de saco de papel, guardanapos, legumes, crie histórias com um final em que todos que fizeram a sua parte, puderam sair de casa pois uma vitória aconteceu; grave uma história no celular modificando a voz dos personagens; ou até mesmo a convide para participar e grave vocês fazendo as vozes dos personagens. O importante é mantê-las informadas, orientadas e acalmada sobre a situação. No mais, estabeleça uma rotina para estudos, mas nada de colocar o material sobre a mesa e mandar fazer um dever. É preciso supervisão de alguém que se disponha mesmo em auxiliá-la nas tarefas e na organização de seus materiais antes e depois das tarefas. Estabeleça também uma rotina para jogos, brincadeiras e TV. Já tentou jogos antigos? As crianças vão gostar de novas possibilidades de jogos, dependendo da empolgação e da motivação de quem irá propor. Tente:

- 3 marias
- trama de gato
-gato mia
-fantoche de meias velhas
-chá de bonecas e carinhos
- fazer cabaninha no quarto
- fazer receitas simples - biscoitos por exemplo
- sessão cinema com pipocas
- dobraduras - barco - gato - cachorro - cata-vento...
- construção com sucata (recorte e colagem)

Tudo o que não precisamos agora é deixar nossas crianças estressadas, o que seria prejudicial inclusive a longo prazo. Quando o estresse é vivenciado de forma intensa ou prolongada, pode trazer consequências psicológicas que prejudicam a saúde da criança, como: depressão, dificuldades de relacionamento, comportamento agressivo, ansiedade, choro excessivo, gagueira, dificuldades escolares, pesadelos, irritabilidade e insônia. As consequências também podem ser físicas, como: doenças dermatológicas, dores de cabeça e asma (LIPP, et al., 1991). Por isso a importância de observá-las, acompanhá-las e acima de tudo, compreendê-las e ser paciente.

Dúvidas? Entre em contato conosco!
Alexandre- Neuropsicólogo e Psicopedagogo Clínico.





A importância da rotina para as crianças!


A rotina é um elemento importante no dia a dia da criança, por dar a elas sentimentos de estabilidade e segurança. Também proporciona maior facilidade de organização espaço-temporal e a liberta do sentimento de estresse que uma rotina DESESTRUTURADA pode causar.
Criar uma rotina para as atividades da criança traz organização para a vida diária e ajuda a evitar momentos de correria ou estresse infantil. É importante lembrar que os pequenos não podem se sentir sobrecarregados e precisam de tempo para brincar livremente, descansar e fazer outras atividades sem programação prévia. 

Quando falamos em rotina, falamos também sobre os horários para dormir, levantar da cama, realizar as refeições diárias e assim por diante. Uma rotina bem organizada ajuda a criança a se situar no tempo e espaço, a adquirir noções de organização interna e externa, auxilia na manutenção de um estado de equilíbrio emocional e contribui para uma performance de rendimentos biopsicossociais. 

A falta de rotina pode causar irritabilidade, ansiedade, insegurança,desorganização e até frustração. Contudo, ressalva-se que mais do que dados num cartão, cartaz, ou roteiro de atividades, deve-se levar em consideração também as variáveis que poderão acarretar em situações atípicas na rotina. como por exemplo: o humor da criança, pré disposição orgânica (sem febre, dor, etc.), fator emocional (perdas, afastamentos, mudanças bruscas, etc) Nesses casos a rotina pode e deve muitas vezes, ser deixada de lado, para acolher a criança em sua necessidade e após um dia ou dois voltar à rotina.

PS: Não esqueça de que mais que horários para dormir, levantar, comer, tomar banho, estudar...a criança precisa de um tempo para ser criança, se sentir amada, bem-vinda e incluída.

Qualquer dúvida, entre em contato conosco!
Alexandre Muniz – Neuropsicólogo e Psicopedagogo Clínico


Rivalidade Fraterna!

A rivalidade não somente entre irmãos, acaba sendo fomentada de maneira negativa quando o adulto insiste em compará-los. É preciso lembrar que cada indivíduo é único e possui a sua própria subjetividade. Essa subjetividade é composta por suas competências, habilidades, facilidades, dificuldades e uma série de outras situações e processos que faz com a criança seja quem é e do jeito que é. Portanto, a comparação é prejudicial, ineficaz e acaba fazendo com a criança se senta inferiorizada ou super valorizada ao extremo. Em ambos os casos a criança é quem sofre.

Algumas dicas são:
-Certifique-se de que seus filhos sabem que são diferentes;
-Não compare seus filhos;
-Encoraje seus filhos a desenvolverem algumas atividades individuais;
-Promova atividades e situações em que seja preciso trabalhar em equipe;
-Nunca ceda ao favoritismo;
-Ensine seus filhos que o relacionamento sólido e saudável entre irmãos, pode durar para sempre.

Dúvidas? Entre em contato conosco. Promovemos palestras para pais e educadores, workshop, treinamento para professores e oficinas para crianças, jovens e adultos.
Alexandre - Neuropsicólogo e Psicopedagogo Clínico.



Ainda em casa? Crônicas sobre a pandemia.

Vitor de 4 anos, aluno de EMEI, chega para a mãe pergunta: -A escola acabou? - Não Vitor, ela ainda está lá te esperando. Mas temos que ...