domingo, 19 de abril de 2020

Crianças em casa, o que fazer? Pandemia!


Novamente falamos sobre a rotina, que neste momento deverá ser readaptada por conta deste isolamento social, devido ao COVIDE19. Contudo, tê-las por perto é uma forma de ajudá-las a compreender o que está acontecendo no cenário atual. Para isso, não é preciso colocá-las para assistir ao telejornal, basta que você replique as informações de maneira lúdica, didática, de maneira suave para não as alarmar ou deixá-las preocupadas. O importante é não mentir, mas também não precisa amedrontá-las. Faça encenação com fantoches feitos de saco de papel, guardanapos, legumes, crie histórias com um final em que todos que fizeram a sua parte, puderam sair de casa pois uma vitória aconteceu; grave uma história no celular modificando a voz dos personagens; ou até mesmo a convide para participar e grave vocês fazendo as vozes dos personagens. O importante é mantê-las informadas, orientadas e acalmada sobre a situação. No mais, estabeleça uma rotina para estudos, mas nada de colocar o material sobre a mesa e mandar fazer um dever. É preciso supervisão de alguém que se disponha mesmo em auxiliá-la nas tarefas e na organização de seus materiais antes e depois das tarefas. Estabeleça também uma rotina para jogos, brincadeiras e TV. Já tentou jogos antigos? As crianças vão gostar de novas possibilidades de jogos, dependendo da empolgação e da motivação de quem irá propor. Tente:

- 3 marias
- trama de gato
-gato mia
-fantoche de meias velhas
-chá de bonecas e carinhos
- fazer cabaninha no quarto
- fazer receitas simples - biscoitos por exemplo
- sessão cinema com pipocas
- dobraduras - barco - gato - cachorro - cata-vento...
- construção com sucata (recorte e colagem)

Tudo o que não precisamos agora é deixar nossas crianças estressadas, o que seria prejudicial inclusive a longo prazo. Quando o estresse é vivenciado de forma intensa ou prolongada, pode trazer consequências psicológicas que prejudicam a saúde da criança, como: depressão, dificuldades de relacionamento, comportamento agressivo, ansiedade, choro excessivo, gagueira, dificuldades escolares, pesadelos, irritabilidade e insônia. As consequências também podem ser físicas, como: doenças dermatológicas, dores de cabeça e asma (LIPP, et al., 1991). Por isso a importância de observá-las, acompanhá-las e acima de tudo, compreendê-las e ser paciente.

Dúvidas? Entre em contato conosco!
Alexandre- Neuropsicólogo e Psicopedagogo Clínico.





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