Novamente falamos sobre a rotina, que neste momento deverá ser
readaptada por conta deste isolamento social, devido ao COVIDE19. Contudo,
tê-las por perto é uma forma de ajudá-las a compreender o que está acontecendo
no cenário atual. Para isso, não é preciso colocá-las para assistir ao
telejornal, basta que você replique as informações de maneira lúdica, didática,
de maneira suave para não as alarmar ou deixá-las preocupadas. O importante é
não mentir, mas também não precisa amedrontá-las. Faça encenação com fantoches
feitos de saco de papel, guardanapos, legumes, crie histórias com um final em
que todos que fizeram a sua parte, puderam sair de casa pois uma vitória
aconteceu; grave uma história no celular modificando a voz dos personagens; ou
até mesmo a convide para participar e grave vocês fazendo as vozes dos
personagens. O importante é mantê-las informadas, orientadas e acalmada sobre a
situação. No mais, estabeleça uma rotina para estudos, mas nada de colocar o
material sobre a mesa e mandar fazer um dever. É preciso supervisão de alguém
que se disponha mesmo em auxiliá-la nas tarefas e na organização de seus
materiais antes e depois das tarefas. Estabeleça também uma rotina para jogos,
brincadeiras e TV. Já tentou jogos antigos? As crianças vão gostar de novas
possibilidades de jogos, dependendo da empolgação e da motivação de quem irá
propor. Tente:
- 3 marias
- trama de gato
-gato mia
-fantoche de meias velhas
-chá de bonecas e carinhos
- fazer cabaninha no quarto
- fazer receitas simples - biscoitos por exemplo
- sessão cinema com pipocas
- dobraduras - barco - gato - cachorro - cata-vento...
- construção com sucata (recorte e colagem)
Tudo o que não precisamos agora é deixar nossas crianças estressadas, o
que seria prejudicial inclusive a longo prazo. Quando o estresse é vivenciado
de forma intensa ou prolongada, pode trazer consequências psicológicas que
prejudicam a saúde da criança, como: depressão, dificuldades de relacionamento,
comportamento agressivo, ansiedade, choro excessivo, gagueira, dificuldades
escolares, pesadelos, irritabilidade e insônia. As consequências também podem
ser físicas, como: doenças dermatológicas, dores de cabeça e asma (LIPP, et
al., 1991). Por isso a importância de observá-las, acompanhá-las e acima de
tudo, compreendê-las e ser paciente.
Dúvidas? Entre em contato conosco!
Alexandre- Neuropsicólogo e Psicopedagogo Clínico.
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